Publicado em 27/05/2011 às 13:18
Por MGTV Panorama
de Juiz de ForaPesquisadora da UFJF afirma que cidade precisa de adaptações para que se cumpra o direito e ir e vir
Juiz de Fora conta com pontos históricos e turísticos que presenteiam a população com belas paisagens. Parque do Museu Mariano Procópio e Morro do Cristo fazem parte desse roteiro cultural, mas que nem sempre todo mundo pode apreciar.
Para alguns, escadas, pisos e muitas construções que não facilitam em nada o acesso por parte da população passam despercebidos. Mas esses obstáculos são encarados todos os dias pelas pessoas portadoras de deficiência. Até mesmo nas horas de lazer.
A equipe de reportagem do MGTV acompanhou o estudante Alessandro dos Santos; a representante do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Valéria Andrade; e a presidente da Organização Não Governamental (ONG) Somar Brasil, Thaís Altomar, durante um passeio por alguns pontos turísticos da cidade.
A primeira parada: o Morro do Cristo, um dos pontos mais altos da cidade, com vista panorâmica. Os problemas começam logo na chegada. Thaís, que é cadeirante, foi de carro e tira a cadeira de rodas de um compartimento adaptado. Sem a vaga para deficiente, falta espaço entre os veículos. Na hora de subir no rebaixamento do meio-fio, só com ajuda.
Para Alessandro, deficiente visual, a falta de informações em braile prejudica a visita.
Valéria reclama do piso irregular, que dificulta a locomoção de quem, como ela, anda com a ajuda de muletas. Segundo Valéria, as obras não seguem a norma técnica. Parte da rampa é íngreme e impede a passagem. Chegar até o mirante fica bem difícil.
O passeio continua dessa vez no Museu Mariano Procópio. Mais uma vez sem vaga específica, o jeito é se virar pela calçada até a entrada. A rampa de acesso tem inclinação correta, largura e corrimão que facilitam o acesso. Mas a falta de um mapa em braile e do piso tátil deixou o estudante sem orientação.
Valéria e Thaís falam do piso escorregadio. Outra rampa termina com um pequeno degrau. Dificuldade que a mãe com o carrinho de bebê também enfrenta. Já no piso de terra, o pior cenário para alguém com mobilidade reduzida.
Para a pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Flávia Alves, a cidade ainda precisa de adaptações nos espaços para que se cumpra o direito e ir e vir. Para isso, a solução seria usar da tecnologia para adaptar os pontos turísticos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário