ASSOCIAÇÃO SOMAR BRASIL

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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
A Somar Brasil foi criada em 2010, em Juiz de Fora/MG, quando um grupo de pessoas com deficiência percebeu que, para mudar os discursos da sociedade sobre as dificuldades de inclusão, era preciso derrubar barreiras. Depois de identificadas essas barreiras, colocadas pelas pessoas com deficiência, familiares, empresários, médicos, professores e outros profissionais, o grupo decidiu derrubá-las, uma a uma, num trabalho de campo, em que cada um expõe o que pensa, fala dos problemas e temores e, juntos, buscam soluções. Descobrimos que a palavra “preconceito” perde lugar para “desconhecimento” e por isso é preciso mostrar como conviver em diversidade.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pontos turísticos de JF ainda não são adaptados para portadores de deficiência

de Juiz de Fora

Pesquisadora da UFJF afirma que cidade precisa de adaptações para que se cumpra o direito e ir e vir

Juiz de Fora conta com pontos históricos e turísticos que presenteiam a população com belas paisagens. Parque do Museu Mariano Procópio e Morro do Cristo fazem parte desse roteiro cultural, mas que nem sempre todo mundo pode apreciar.

Para alguns, escadas, pisos e muitas construções que não facilitam em nada o acesso por parte da população passam despercebidos. Mas esses obstáculos são encarados todos os dias pelas pessoas portadoras de deficiência. Até mesmo nas horas de lazer.

A equipe de reportagem do MGTV acompanhou o estudante Alessandro dos Santos; a representante do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Valéria Andrade; e a presidente da Organização Não Governamental (ONG) Somar Brasil, Thaís Altomar, durante um passeio por alguns pontos turísticos da cidade.

A primeira parada: o Morro do Cristo, um dos pontos mais altos da cidade, com vista panorâmica. Os problemas começam logo na chegada. Thaís, que é cadeirante, foi de carro e tira a cadeira de rodas de um compartimento adaptado. Sem a vaga para deficiente, falta espaço entre os veículos. Na hora de subir no rebaixamento do meio-fio, só com ajuda.

Para Alessandro, deficiente visual, a falta de informações em braile prejudica a visita.

Valéria reclama do piso irregular, que dificulta a locomoção de quem, como ela, anda com a ajuda de muletas. Segundo Valéria, as obras não seguem a norma técnica. Parte da rampa é íngreme e impede a passagem. Chegar até o mirante fica bem difícil.

O passeio continua dessa vez no Museu Mariano Procópio. Mais uma vez sem vaga específica, o jeito é se virar pela calçada até a entrada. A rampa de acesso tem inclinação correta, largura e corrimão que facilitam o acesso. Mas a falta de um mapa em braile e do piso tátil deixou o estudante sem orientação.

Valéria e Thaís falam do piso escorregadio. Outra rampa termina com um pequeno degrau. Dificuldade que a mãe com o carrinho de bebê também enfrenta. Já no piso de terra, o pior cenário para alguém com mobilidade reduzida.

Para a pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Flávia Alves, a cidade ainda precisa de adaptações nos espaços para que se cumpra o direito e ir e vir. Para isso, a solução seria usar da tecnologia para adaptar os pontos turísticos.


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