Parceria Somar Brasil e OAB/JF traz o compositor Marcelo Yuka para palestra no Dia da Pessoa com Deficiência Física

Em novembro de 2000, aos 34 anos, Marcelo Yuka foi baleado, numa tentativa de assalto, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele foi atingido por nove tiros, um deles na coluna, quando, segundo testemunhas, tentou atropelar o grupo de assaltantes, que teria tentado tirar uma moça à força de um carro. Ficou paraplégico.

A vida de Marcelo Fontes Nascimento Santa Ana, Marcelo Yuka, mudou radicalmente. O então baterista e principal compositor do grupo carioca de reggae e hip hop “O Rappa”, cujo disco LadoB LadoA vendeu 300 000 cópias, viveu um drama cada vez mais comum nas grandes cidades.

Passou por várias cirurgias, centenas de horas de fisioterapia e um período de isolamento, pelas dificuldades de locomoção e por não gostar do ar de piedade que via no rosto de quem o olhava na cadeira de rodas. Na época, em declaração a Revista Veja, Marcelo Yuka desabafou "Não sou vítima nem herói. E não estou doente".

Hoje, considerado um grande compositor e um dos artistas mais engajados de seu tempo, Marcelo é uma importante liderança social. Músico, compositor, ativista, palestrante, poeta, ele é um artista completo, que propaga soluções mais humanas para o grave problema da violência no país.

É fundador dos projetos MESTIÇO, F.U.R.T.O. e B.O.C.A. que leva cultura e educação para entidades carcerárias. Vai lançar seu primeiro trabalho solo e tem projetos para TV. 

E tem estréia do filme “Marcelo Yuka no Caminho das Setas”, de Daniela Broitman (O documentário terá sua primeira exibição na Mostra Competitiva da Première Brasil do Festival do Rio, no dia 11 de outubro. O filme mergulha na última década da vida de Marcelo Yuka, revelando a profunda transformação pela qual o artista passou desde que foi baleado)