2º SEMINÁRIO INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA DE JUIZ DE FORA
Idéias para um Brasil inclusivo e transfomador
2° Seminário de Inclusão Social e Cidadania de JF reúne mais de 300 participantes
Na última sexta-feira, dia 23, o 2° Seminário de Inclusão
Social e Cidadania de Juiz de Fora reuniu mais de 300 pessoas no Teatro
Academia. O evento colocou em pauta o tema “Inclusão social e cidadania:
ideias para um Brasil inclusivo e transformador”, e recebeu
palestrantes para discutir uma gama variada de assuntos relacionados ao
propósito do seminário, como meios de inclusão social através da arte,
esporte, políticas públicas e iniciativas únicas.
A abertura do evento ocorreu com a presença do coordenador
geral da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Petrônio Barros, com o
secretário de desenvolvimento social da Prefeitura de Juiz de Fora
(PJF), Flávio Cheker, com a chefe do Departamento de Políticas para
Pessoas com Deficiências e Direitos Humanos da PJF, Thais Altomar, e com
o organizador do evento e diretor do Viverjf.com, Marcel Iunes. Além
disso, representantes do Instituto Educacional São Pedro (IESPe) e da
Academia de Comércio também estavam presentes.
“Em sua essência, o seminário busca o compartilhamento de
ideias que valem a pena ser difundidas”, diz o organizador do evento.
“Tem o objetivo de ajudar Juiz de Fora a ser um lugar de debate sobre a
inclusão social e a cidadania, seja de pessoas com deficiência, em
situação de vulnerabilidade, de risco, entre outros.”
O público participou de cinco painéis, com diferentes
propostas sociais e palestrantes atuantes na área. Além disso, também
foi feita uma exposição no local, que exibiu trabalhos realizados por
membros da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae), Associação
Municipal de Apoio Comunitário (Amac), Centro de Atenção Psicossocial –
Álcool e Drogas (CAPS AD) e Instituto Nacional de Excelência em
Políticas Públicas (Inepp).
Debates inclusivos
A primeira exposição teve como tema a Rede Asta, que
potencializa micro negócios comunitários produtivos e disponibiliza
produtos de design feitos por pessoas de baixa renda. “Nossa missão é
empoderar as mulheres”, afirma Miriam Lima, coordenadora da Rede Asta em
São Paulo, se referindo à maioria absoluta da mulheres por trás dos
produtos confeccionados. “Promovemos não só o produto, mas também a
inclusão social”, diz Miriam. “Nosso diferencial é que o cliente conhece
o produto, o artesão por trás dele e como a distribuição de renda da
compra é feita. São peças únicas, feitas de forma consciente, que
contribui para diminuir a desigualdade.”
Miriam também expressou seu contentamento em palestrar no
seminário. “É importante falar do trabalho para outros públicos,
conhecer, fazer trocas, expandir e mostrar o que a gente faz”, conta. “A
gente influenciar positivamente essas pessoas, é bom demais. Demonstrar
que é possível que essas iniciativas sejam feitas, só isso já é super
recompensador.”
O chefe de gabinete do reitor da UFJF, Renato Miranda,
realizou um painel logo em seguida, voltado para “O desafio da inclusão
através do esporte”. “O esporte pode ser um excelente meio para se
vencer desafios e, através disso, ser inclusivo”, denota. “Com ele, é
possível desenvolver habilidades, vivências emocionais, auxílio no
enfrentamento de desafios e conquista de confiança e disciplina”,
exemplifica. “Há de se desenvolver no nosso país a compreensão, de uma
maneira incisiva, de que cerca de 20% das pessoas têm algum tipo de
deficiência, disfunção ou transtorno.”
O secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura,
Flávio Cheker, também se apresentou a respeito da temática
“Transferência de renda e emancipação pelo trabalho”, afirmando que
existe, em Juiz de Fora, equipamentos sociais de ponta para atender e
auxiliar os moradores de rua. “Já conseguimos alguns progressos. Temos,
por exemplo, um morador de rua frequentando cursos do Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”, cita. “São desafios
permanentes, e não problemas exclusivamente do poder público, mas também
nosso. Nossa sociedade é mãe de todos os problemas sociais.”
O casal Simone e Márcio Beti, fundadores do Instituto Chefs
Especiais, uma iniciativa que leva a gastronomia para pessoas com
Síndrome de Down, também esteve presente no evento. “Nós trabalhamos há
oito anos com esse intuito, visando dar autonomia para todos”, explica
Simone. “Ser convidada e expor esse trabalho, primeiro, é um
reconhecimento; segundo, é uma oportunidade de ampliá-lo. Nosso objetivo
é ser motivo de inspiração em vários lugares, alcançar vários locais do
Brasil.”
O público também contou com um painel com a especialista em Políticas
Públicas, História e Culturas Políticas, e mestre em Bens Culturais e
Projetos Sociais, Ariane Gontijo. Ela discorreu sobre “Tráfico de
Pessoas: Fenômeno Histórico e a Implementação de Políticas Públicas”,
trazendo atenção para a problemática do tráfico humano e as medidas que
vêm sendo tomadas para extingui-lo.
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