ASSOCIAÇÃO SOMAR BRASIL

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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
A Somar Brasil foi criada em 2010, em Juiz de Fora/MG, quando um grupo de pessoas com deficiência percebeu que, para mudar os discursos da sociedade sobre as dificuldades de inclusão, era preciso derrubar barreiras. Depois de identificadas essas barreiras, colocadas pelas pessoas com deficiência, familiares, empresários, médicos, professores e outros profissionais, o grupo decidiu derrubá-las, uma a uma, num trabalho de campo, em que cada um expõe o que pensa, fala dos problemas e temores e, juntos, buscam soluções. Descobrimos que a palavra “preconceito” perde lugar para “desconhecimento” e por isso é preciso mostrar como conviver em diversidade.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

SOMAR BRASIL e VIVER JF em mais uma parceria

2º SEMINÁRIO INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA DE JUIZ DE FORA
Idéias para um Brasil inclusivo e transfomador


2° Seminário de Inclusão Social e Cidadania de JF reúne mais de 300 participantes

(Foto: Twin Alvarenga)
O público participou de cinco painéis, com diferentes propostas sociais e palestrantes atuantes na área (Foto: Twin Alvarenga)

Na última sexta-feira, dia 23, o 2° Seminário de Inclusão Social e Cidadania de Juiz de Fora reuniu mais de 300 pessoas no Teatro Academia. O evento colocou em pauta o tema “Inclusão social e cidadania: ideias para um Brasil inclusivo e transformador”, e recebeu palestrantes para discutir uma gama variada de assuntos relacionados ao propósito do seminário, como meios de inclusão social através da arte, esporte, políticas públicas e iniciativas únicas.
A abertura do evento ocorreu com a presença do coordenador geral da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Petrônio Barros, com o secretário de desenvolvimento social da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Flávio Cheker, com a chefe do Departamento de Políticas para Pessoas com Deficiências e Direitos Humanos da PJF, Thais Altomar, e com o organizador do evento e diretor do Viverjf.com, Marcel Iunes. Além disso, representantes do Instituto Educacional São Pedro (IESPe) e da Academia de Comércio também estavam presentes.
“Em sua essência, o seminário busca o compartilhamento de ideias que valem a pena ser difundidas”, diz o organizador do evento. “Tem o objetivo de ajudar Juiz de Fora a ser um lugar de debate sobre a inclusão social e a cidadania, seja de pessoas com deficiência, em situação de vulnerabilidade, de risco, entre outros.”
O público participou de cinco painéis, com diferentes propostas sociais e palestrantes atuantes na área. Além disso, também foi feita uma exposição no local, que exibiu trabalhos realizados por membros da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae), Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac), Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD) e Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (Inepp).
Debates inclusivos
A primeira exposição teve como tema a Rede Asta, que potencializa micro negócios comunitários produtivos e disponibiliza produtos de design feitos por pessoas de baixa renda. “Nossa missão é empoderar as mulheres”, afirma Miriam Lima, coordenadora da Rede Asta em São Paulo, se referindo à maioria absoluta da mulheres por trás dos produtos confeccionados. “Promovemos não só o produto, mas também a inclusão social”, diz Miriam. “Nosso diferencial é que o cliente conhece o produto, o artesão por trás dele e como a distribuição de renda da compra é feita. São peças únicas, feitas de forma consciente, que contribui para diminuir a desigualdade.”
Miriam também expressou seu contentamento em palestrar no seminário. “É importante falar do trabalho para outros públicos, conhecer, fazer trocas, expandir e mostrar o que a gente faz”, conta. “A gente influenciar positivamente essas pessoas, é bom demais. Demonstrar que é possível que essas iniciativas sejam feitas, só isso já é super recompensador.”
2° Seminário de Inclusão Social e Cidadania de Juiz de Fora reuniu mais de 300 pessoas no Teatro Academia (Foto: Twin Alvarenga)
2° Seminário de Inclusão Social e Cidadania de Juiz de Fora reuniu mais de 300 pessoas no Teatro Academia (Foto: Twin Alvarenga)

O chefe de gabinete do reitor da UFJF, Renato Miranda, realizou um painel logo em seguida, voltado para “O desafio da inclusão através do esporte”. “O esporte pode ser um excelente meio para se vencer desafios e, através disso, ser inclusivo”, denota. “Com ele, é possível desenvolver habilidades, vivências emocionais, auxílio no enfrentamento de desafios e conquista de confiança e disciplina”, exemplifica. “Há de se desenvolver no nosso país a compreensão, de uma maneira incisiva, de que cerca de 20% das pessoas têm algum tipo de deficiência, disfunção ou transtorno.”
O secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura, Flávio Cheker, também se apresentou a respeito da temática “Transferência de renda e emancipação pelo trabalho”, afirmando que existe, em Juiz de Fora, equipamentos sociais de ponta para atender e auxiliar os moradores de rua. “Já conseguimos alguns progressos. Temos, por exemplo, um morador de rua frequentando cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”, cita. “São desafios permanentes, e não problemas exclusivamente do poder público, mas também nosso. Nossa sociedade é mãe de todos os problemas sociais.”
O casal Simone e Márcio Beti, fundadores do Instituto Chefs Especiais, uma iniciativa que leva a gastronomia para pessoas com Síndrome de Down, também esteve presente no evento. “Nós trabalhamos há oito anos com esse intuito, visando dar autonomia para todos”, explica Simone. “Ser convidada e expor esse trabalho, primeiro, é um reconhecimento; segundo, é uma oportunidade de ampliá-lo. Nosso objetivo é ser motivo de inspiração em vários lugares, alcançar vários locais do Brasil.”
O público também contou com um painel com a especialista em Políticas Públicas, História e Culturas Políticas, e mestre em Bens Culturais e Projetos Sociais, Ariane Gontijo. Ela discorreu sobre “Tráfico de Pessoas: Fenômeno Histórico e a Implementação de Políticas Públicas”, trazendo atenção para a problemática do tráfico humano e as medidas que vêm sendo tomadas para extingui-lo.

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