ASSOCIAÇÃO SOMAR BRASIL

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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
A Somar Brasil foi criada em 2010, em Juiz de Fora/MG, quando um grupo de pessoas com deficiência percebeu que, para mudar os discursos da sociedade sobre as dificuldades de inclusão, era preciso derrubar barreiras. Depois de identificadas essas barreiras, colocadas pelas pessoas com deficiência, familiares, empresários, médicos, professores e outros profissionais, o grupo decidiu derrubá-las, uma a uma, num trabalho de campo, em que cada um expõe o que pensa, fala dos problemas e temores e, juntos, buscam soluções. Descobrimos que a palavra “preconceito” perde lugar para “desconhecimento” e por isso é preciso mostrar como conviver em diversidade.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A falta da vacina


Quem convive com sequelas deixadas pela poliomielite sabe a falta que a vacina faz. É o caso da jornalista Taís Altomar, 46 anos, que teve paralisia nas pernas depois de ser acometida pela
doença. Ela conta que os três irmãos, todos mais velhos que ela, foram vacinados aos 6 meses de vida. A jornalista, porém, apresentou os sinais da pólio quando tinha 4 meses. Para complicar a
situação, o diagnóstico preciso levou cerca de dois meses. Enquanto os médicos trabalhavam com a possibilidade de gripe ou virose, a doença avançava e, por pouco, não paralisou também o braço
esquerdo. Quando veio a confirmação, a paralisia estava na altura do quadril.
— Fiquei 14 dias numa espécie de encubadora, conhecida na época como ‘pulmão de aço’. Cheguei a ser desenganada pelos médicos — revela Taís.
A jornalista alerta para a necessidade da imunização, ainda mais tendo em vista a possibilidade de retorno da doença. Para Tais, alguns mitos podem estar contribuindo para o baixo índice de
cobertura vacinal.
— Tem pessoas que ainda deixam de vacinar seus filhos por medo — pontua Tais, antes de contar uma história que envolve uma pessoa conhecida, também vitimada pela pólio.
Segundo Taís, essa mulher não chegou a ficar paralítica, embora tenha as pernas atrofiadas. O problema é que ela acredita ter sido atingida pela poliomielite depois de ter recebido a vacina. Em consequencia, não leva seus filhos para a vacinação, temendo que eles também contraiam a doença. A própria jornalista explica que não há este risco. No caso de sua conhecida, Taís comenta que o vírus já estava no organismo e não houve tempo para reverter a ação do microorganismo depois de tomada a gotinha.

A jornalista Taís Altomar apresentou os sinais da pólio aos 4 meses de idade

Reportagem para JF Hoje

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