ASSOCIAÇÃO SOMAR BRASIL

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Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil
A Somar Brasil foi criada em 2010, em Juiz de Fora/MG, quando um grupo de pessoas com deficiência percebeu que, para mudar os discursos da sociedade sobre as dificuldades de inclusão, era preciso derrubar barreiras. Depois de identificadas essas barreiras, colocadas pelas pessoas com deficiência, familiares, empresários, médicos, professores e outros profissionais, o grupo decidiu derrubá-las, uma a uma, num trabalho de campo, em que cada um expõe o que pensa, fala dos problemas e temores e, juntos, buscam soluções. Descobrimos que a palavra “preconceito” perde lugar para “desconhecimento” e por isso é preciso mostrar como conviver em diversidade.

domingo, 15 de abril de 2012

Novos ônibus adaptados começam a circular, mas não garantem acessibilidade na cidade

1º de abril

Nara Salles

Problemas enfrentados por deficientes em ponto da Rio Branco
Começaram a circular hoje mais onze ônibus adaptados para atendimento às pessoas com deficiência. Segundo informações da Secretaria de Transporte e Trânsito(Settra), são 11 linhas contempladas. De toda a frota de Juiz de Fora, 52,6% dos ônibus, o que representa 301 veículos, são adaptados.

A presidente do Conselho Municipal de Pessoas Portadoras de Deficiência (CMPD), e também portadora de necessidades especiais, Maria Valéria Andrade, ressalta que a estrutura de transporte na cidade não é ruim, mas que é preciso investir em outros pontos para que seja possível usufruir do transporte público adaptado. “Se compararmos Juiz de Fora com outros municípios, estamos em igualdade ou até um pouquinho melhor, mas temos dificuldades, como a precariedade das calçadas e a ausência de uma fiscalização para que os estabelecimentos comerciais atendam critérios básicos de acessibilidade”, afirma. Valéria mostra falta de rebaixamento do meio fio perto de faixa de pedestre

Para a jornalista presidente-voluntária da ONG Somar Brasil, Thais Altomar, a questão da acessibilidade arquitetônica e urbana é realmente importante, mas ela também destaca outro tipo de acessibilidade. “Também é necessário investir em acessibilidade de informação e de comunicação. Nós não temos, principalmente para as deficiências visuais e auditivas, facilidades de programas, como cardápios em braile e cinema, então não há nada que possa esses deficientes nessa sentido”, expõe. Thais ainda acrescenta que “Juiz de Fora não está preparada para a acessibilidade, mas é uma cidade boa para se tornar acessível para toda a população, já que tem vias de acesso planas, como as avenidas Brasil, Rio Branco e Getúlio Vargas”.

Segundo informações da Settra, a Prefeitura vem trabalhando para garantir acessibilidade aos portadores de deficiência com a implantação de traffic calming[faixa de pedestre na mesma altura da calçada] na Rua Santo Antônio e nas avenidas Rio Branco e Itamar Franco. Além disso, outra medida é a implantação de pisos táteis direcionais na Rua Santo Antônio e nos pontos de ônibus da Avenida Rio Branco. Ainda de acordo com a Secretaria, as obras contemplam, inicialmente, os principais corredores da cidade e pode ser expandida, dependendo da viabilidade e de recursos disponíveis.

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